No dia 13 de março de dois mil e vinte ocorreu o quarto encontro de aulas
da especialização EJA, essa aula foi ministrada pela a docente e coordenadora
Arlene Malta, com a disciplina Educação Popular, fomos acolhidos com um lindo
cenário, ao qual foi montado por instrumentos que representa a classe popular
trazidos pela a mesma e os estudantes. Fotografia 1 do espaço de acolhida.
Fonte da imagem 1: SANTOS, Tânia Jesus. Espaço de acolhida. IF Baiano Campus Santa Inês, 13/03/2020. |
Inicialmente a professora regente dar informes sobre o andamento da disciplina Metodologia da Pesquisa, expondo os motivos da presente aula estar sendo antecipada; após isso a educadora retoma com a discussão do artigo " Paulo Freire e Educação Popular" de Moacir Gadotti, momento muito produtivo onde novamente os especializandos puderam discutir sobre essa temática. Baseando-se nisso demos início a trajetória da Educação popular em debate desde o Brasil colônia (1549), Estado novo (1937), governo de João Goulart (1963), Golpe militar (1964), Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL/1968), Lei de Diretrizes e Base (LDB/1996), fizemos um breve panorama histórico sobre para quem a EJA, foi pensada para as pessoas que são excluídas na sociedade e chega-se a conclusão após isso, que nós da classe popular temos o somatório de negligenciamento de 477 anos sem educação.
Dando continuidade num segundo momento a docente Malta, traz um slide com
alguns mitos ou verdades relacionados ao cotidiano popular brasileiro. Dentre
eles tinha as seguintes afirmações : " Bandido bom é bandido morto",
" em lugar de marido e mulher ninguém mete a colher", "pau que
nasce torto, morre torto", " filho de peixe, peixinho é", "
o costume do cachimbo deixa a boca torta". Enriquece a aula com a tirinha
da personagem de HQ Malfada, sobre de onde vem os saberes tidos como verdades ,
cujo tem de ser um direito partilhado, trás a frase de Paulo Freire, "Eu
trabalho a favor de quem e contra quem?.
Discute também acerca da escola como sendo um instrumento do sistema capitalista, e que serve para a
reprodução social opressora. Nesse
instante da aula para finalizar a discussão do período matutino concluímos o
dia com algumas indagações tipo: o que
sabemos/ fazemos muito bem?, onde aprendemos o que melhor sabemos/ fazemos?,
Como aprendemos este saber/fazer?.
Aborda-se ainda nesse momento da aula a obra de Miguel Arroyo "
conteúdos mortos", e foi nos proporcionado um momento de discussão sobre a
realidade do sujeito tem de ser o ponto de partida, mas não o de chegada,
cita-se a política de EJA do Estado da Bahia, e aí aponta-se que o ensino tem
que ter significado para o sujeito.
A docente Arlene faz um breve panorama sobre Educação Popular, afirmando
que tem como proposta a problematização, não a entrega e solução pronta aos
problemas apresentados. E salientou que o pensar quando se ensina alunos/as da
EJA, é coletivo, diferente do pensar para alguém ou para um grupo, assim
deve-se considerar que os educadores/ as e educandos/as possuem saberes, mesmo
que diferentes formas, onde devemos valorizar o saber junto, o saber do
coletivo e pensar sempre em uma formação
na diversidade. Apresenta uma frase de Paulo Freire que diz " não existe
saber maior ou saber menor, mas saberes diferentes!'.
Frisa-se também a seguinte indagação " como as áreas do conhecimento
podem me ajudar a ser melhor?". Menciona ainda a docente Arlene Malta, os
caminhos para além da escola com as pluralidades e dicotomias entre educação
popular x cultura, superação do fosso cultural, ampliação de canais
imperativos, buscar valorizar a diversidade e heterogeneidade do outo, o
compromisso que devemos ter com as classes subalternas, a aproximação da
linguagem dos sujeitos.
O turno vespertino iniciou-se com o texto "A ratoeira, disponível em http://www.comitepaz.org.br/a_ratoeira.htm, para uma breve reflexão, seguido pelo vídeo: Programa Paulo Freire - Educação como Prática da Liberdade disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=NCaCiDIiXGg.
Dando sequencia a docente Malta, no período da tarde apresenta a
graduanda Aila Cristina, a qual passa a
palavra e esta faz questão de se apresentar novamente apresentando seu nome
completo, falando sobre sua origem. Depois disso Aila Cristina cita o momento
de conversa que terá conosco falando sobre mulheres. Inicialmente passa um
vídeo "oficina de cacau - Asociação de Mulheres Duas Barras do Fojo,
disponível no seguinte link: https://photos.app.goo.gl/NE3op3ZuhAraQjEk7. E uma dessas primeiras
experiências relatadas por ela é a de
sua participação no grupo de Articulação de Mulheres no Vale do Jiquiriçá com a
professora Rita Garcia, e em seguida narra a sua vivência com o Estágio EVI-
Bahia, dos grupos NEPA e GAIA segundo a graduanda, o estágio é uma experiência teórico-prática de formação política e de
atuação militante, envolvendo uma diversidade de sujeitos, desde sua construção até a consolidação final de
atividade: povos do campo, da cidade, movimentos sociais, estudantis,
profissionais, militantes de organizações distintas se reúnem. Relata que o
estágio é composto por três momentos a capacitação, a vivência nas comunidades
e assentamentos rurais com propostas de
intervenção e a avaliação final. Afirma que é um momento de imersão, mística, e
troca de saberes, com estudos e ações coletivas. Segue anexo a fotografia 2, momento da fala de Aila.
Fonte da fotografia 2: SANTOS, Tânia Jesus. Roda de conversa com Aila. IF Baiano Campus Santa Inês. 13/03/2020. |
Após essa roda de conversa com Aila, a professora Arlene retoma a aula
com a leitura do texto " a ratoeira" , onde refletimos sobre a
importância do papel das decisões coletivas.É orientado que que assistamos ao
vídeo Educação Popular, façamos a
leituras das obras: "sem feminismo não há agroecologia, o sorriso do gato
de Sérgio Cortella, e é nos apresentado
as obras que estavam em cima da mesa compondo o cenário, as quais também
recomenda a leitura foram elas: Cartas a Cristina, Educação na cidade,
Pedagogia da Esperança, a sombra desta mangueira, a Educação Popular na escola
cidadã de Carlos Brandão e o Projeto de Educação dos trabalhadores de Miguel Arroyo.
Este encontro tornou-se muito produtivo e significativo devido ao fato da
docente trabalhar os materiais baseado
nas vivências de cada estudante.Salienta-se aqui que as aprendizagens foram
tantas que conseguimos visualizar e vislumbrar a Educação Popular como práxis social
a qual tem de ser compreendida como aquela que não está institucionalizada e
que pode ocorrer dentro e com os grupos populares. E a defesa, por parte do
movimento pela escola pública, gratuita, laica e de qualidade, é o elo
essencial que todo educador/a deve primar para
atender os anseios dos sujeitos populares que a tanto tempo foi negado o
direito a educação escolar.
A seguir segue a fotografia 3 que registra a
finalização do encontro do presente dia.
Fonte da figura 3: SANTOS, Renildo da Cruz. Final da aula da disciplina Educação Popular . IF Baiano Campus Santa Inês. 13/03/2020. |
Finalizando nossa aula a docente Arlene, nos orientou sobre o trabalho avaliativo a ser desenvolvido na disciplina, onde em equipes os cursistas deveriam ler e apresentar em 50 minutos, as temáticas escolhidas para cada equipe, na próxima aula, de forma criativa e dinâmica, um capítulo da obra de Paulo Freire "Pedagogia do Oprimido" e o livro " Conscientização". Nossa equipe ficou com a parte III - PRÁXIS DA LIBERTAÇÃO.
Referências:
FREIRE, Paulo. Conscientização: teoria e prática da libertação: uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. Tradução Kátia de Mello e Silva. São Paulo: Cortez & Morales, 1979.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 50. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
Parabanizo ao grupo pela bela sistematização da aula. A riqueza de detalhes impressiona!! Assim como em qualquer outro texto, algumas pequenas correções deverão ser realizadas, mas o mérito da produção já está garantido. Parabéns!!!
ResponderExcluirParabéns!
ResponderExcluirParabéns!
ResponderExcluirParabéns!
ResponderExcluirExcelente Trablho muito bom👏👏👏👏👏
Parabéns lindo trabalho
ResponderExcluirMuito bom!!! Parabéns pelo lindo trabalho
ResponderExcluirMeus parabéns 🙌
ResponderExcluirMeus parabéns a todos
ResponderExcluir👏👏👏
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